Mesmo após a confirmação da sobretaxa de 25% sobre as importações de aço e alumínio impostas por Donald Trump, o governo brasileiro ainda não definiu como orientará as relações comerciais com os EUA daqui para frente.
A questão está sendo centralizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, com participação do Itamaraty. A ideia é reunir todas as informações e levá-las para uma reunião de avaliação com o presidente Lula.
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, informou que o Brasil não estimula nem entrará em nenhuma guerra comercial com os Estados Unidos. Além disso, destacou que o presidente Lula defende o fortalecimento do livre comércio.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que medidas unilaterais, como essa adotada por Donald Trump, são contraproducentes para a melhoria da economia global.
O que se sabe de concreto é que a nova tarifa entra em vigor no dia 12 de março e deve impactar significativamente o Brasil, além de Canadá e México, que estão entre os maiores fornecedores de aço e alumínio para os Estados Unidos.
Por aqui, o setor siderúrgico nacional está bastante preocupado. O Instituto Aço Brasil entende que a taxação de 25% não é benéfica para nenhum dos dois países. A entidade pede que o Brasil dialogue com os Estados Unidos e também adote medidas de proteção das relações comerciais.
"Nós estamos acompanhando. Primeiro, sabendo a minúcia da decisão; segundo, observando o que isso faz, as implicações que isso vai ter. Porque não é uma decisão contra o Brasil, é uma coisa genérica, para todo mundo, né? Nos até observamos as reações do México, do Canadá, da China a esse respeito. Mas, enfim, a avaliação é de que medidas unilaterais desse tipo são contraproducentes para a melhoria da economia global. A economia global perde com isso", destacou Haddad.
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