O abraço emocionado de Débora e do filho na saída da prisão mostra o alívio depois de três dias presa injustamente. Ela foi a uma delegacia de Petrópolis, no interior do Rio, fazer uma denúncia de violência doméstica sofrida, mas acabou presa por um crime que não cometeu.
O mandado de prisão expedido pela Justiça de Minas Gerais mostra o nome completo: Débora Cristina da Silva Damasceno. Também traz dados como data de nascimento e números de documentos. Mas era um erro. O alvo do mandado de prisão é outra mulher, chamada Débora Cristina Damasceno, sem o "da Silva". Ela é oito anos mais nova que a pessoa que foi presa.
A Justiça de Minas reconheceu o erro. Débora da Silva disse que nunca foi a Belo Horizonte, local da condenação. Ela pede que erros desse tipo não voltem a acontecer.
Para a diretora de Mulheres da OAB do Rio de Janeiro, Flávia Pinto Ribeiro, o caso mostra as dificuldades vividas por pessoas que buscam ajuda contra a violência doméstica. "É muito revoltante essa situação. É revoltante por dois motivos: o primeiro deles é porque mostra a fragilidade do sistema de identificação da polícia, que permitiu esse erro grotesco. E, segundo, porque desestimula outras mulheres a denunciarem violência. Casos como esse são inissíveis e só reforçam o medo que as mulheres sentem ao procurar ajuda”, constata a diretora.
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