Nos Estados Unidos, agentes de imigração detiveram uma estudante de pós-graduação após ela demonstrar apoio aos palestinos na guerra entre Israel e o Hamas. O vídeo de uma câmera de segurança mostra o momento em que homens e mulheres à paisana, alguns deles usando máscaras, abordam a estudante turca Rumeysa Ozturk, perto de sua casa em Somerville, Massachusetts. Ela é doutoranda na Universidade de Tufts e, no momento da prisão, estava indo se encontrar com amigos para quebrar seu jejum do Ramadan.
De acordo com a advogada que representa Rumeysa Ozturk, ela foi levada do estado de Massachusetts para o centro de detenção da Louisiana, a 2.600 quilômetros de onde morava. Segundo o Departamento de estado dos Estados Unidos, ela teve seu visto revogado.
Colegas da estudante acreditam que a detenção foi motivada por um artigo de opinião assinado por ela que pedia que a universidade cortasse laços com Israel. A porta-voz do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, Trisha McLaughlin, disse em um post em sua rede social que as autoridades determinaram que o Ozturk “se envolveu em atividades em apoio ao Hamas, uma organização terrorista estrangeira que tem prazer de matar americanos”. O departamento, no entanto, não forneceu provas do apoio dela ao grupo palestino.
O episódio se soma ao caso do estudante da Universidade de Colúmbia, Marmuth Khalil, preso no início do mês por agentes de imigração, acusado de participar de manifestações pró-palestina. Khalil é palestino, mas possui um green card de residência permanente nos Estados Unidos, além de ser casado com uma cidadã americana. Os protestos que se espalharam por várias universidades americanas no ano ado são fortemente criticados por Donald Trump, que ameaça com cortes no orçamento e expulsão de estudantes.
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